III - Formação Acadêmica Diaconal



ESTRUTURA GERAL:

 

I.                  Hierarquia Eclesiástica, Pronomes de Tratamento e Batina

II.           As partes da Santa Missa

III.            Os Ministérios Extraordinários

IV.               Teologia do Diaconato

V.            Cores Litúrgicas

VI.        Paramentos Diaconais

VII.     Funções do diácono na Santa Missa

 

 

 

1) HIERARQUIA ECLESIÁSTICA, PRONOMES DE TRATAMENTO E BATINAS

Obs.: Faça uma demonstração na prática, usando a batina específica e ensinando a pedir a bênção

Papa: É o Vigário de Cristo, o maior representante de Cristo na terra. Como chefe da Igreja Católica é reservado ao Papa o pronome de tratamento de Vossa Santidade. O Papa usa a batina completamente branca, o solidéu branco, faixa branca, meias brancas e cruz peitoral. É também o único clérigo que pode usar os sapatos vermelhos (múleos) e usa o anel de pescador.

Ao papa se pede a bênção da seguinte maneira:

Este sinal (*) simbolizam a ação que vai executar

Vossa bênção, Santidade

Ósculo anel de pescador*

Ósculo pé destro*

Ósculo significa beijo.

 

Cardeais: São os Príncipes da Igreja, a quem são reservados o dever de eleger o próximo pontífice. São Bispos que detém o título de Cardeal. Devem ser tratados por Vossa Eminência. Usam a batina preta com detalhes em vermelho, solidéu vermelho, faixa vermelha, meias vermelhas, cruz peitoral e anel cardinalício.

 

Aos cardeais a bênção é da seguinte maneira:

Vossa bênção, Eminência!

Ósculo anel cardinalício*

 

 

Arcebispos e Bispos: São os sucessores dos apóstolos, ordenados ao Terceiro Grau da Ordem Sacerdotal, pastores das Arquidioceses e Dioceses do mundo. Podem ser metropolitanos, diocesanos, auxiliares ou coadjutores. São tratados pelo pronome Vossa Excelência. Ao se falar diretamente com um bispo deve-se usar o prenome Dom (do latim "dominus") antes de seu nome pessoal. Usam a batina preta com detalhes em vermelho, solidéu violáceo, faixa violácea, meias violáceas, cruz peitoral e anel episcopal.

 

Aos Arcebispos e Bispos a bênção é da seguinte maneira:

 

Vossa bênção, Excelência!

Ósculo anel Episcopal*

 

 

Monsenhores: São Padres que detém o título de Monsenhor. Devem ser tratados por Vossa Reverendíssima. Usam a batina preta com detalhes em violáceo, solidéu preto (opcional), faixa violácea e meias violáceas.

 

Aos Monsenhores a bênção é da seguinte maneira:

 

Vossa bênção, Reverendíssimo!

 

 

Cônegos: São Padres que detém o título de Cônego. São tratados pelo pronome Vossa Reverendíssima. Usam a batina preta com detalhes em vermelhos, solidéu preto (opcional), faixa preta e meias pretas.

 

Aos Cônegos a bênção é da seguinte maneira:

 

Vossa bênção, Reverendíssimo!

 

 

 

Padres: São os membros ordenados com o Segundo Grau da Ordem Sacerdotal, responsável pelo sacramento da Eucaristia e da Penitência. São tratados com o pronome Vossa Reverendíssima. Usam a batina inteiramente preta, solidéu preto (opcional), faixa preta e meias pretas.

 

Aos Padres a bênção é da seguinte maneira:

 

Vossa bênção, Reverendíssimo!

 

 

 

Diáconos: São os membros ordenados com o Primeiro Grau da Ordem Sacerdotal, ordenados para o serviço e não para o sacerdócio, sendo responsáveis pela celebração dos sacramentos do Batismo e do Matrimônio. São tratados com o pronome Vossa Reverendíssima. Usam a batina inteiramente preta, solidéu preto (opcional), faixa preta e meias pretas.

 

Aos Diáconos a bênção é da seguinte maneira:

 

Vossa bênção, Reverendíssimo!

 

 


 

 

2) AS PARTES DA MISSA

 

Obs.: Faça uma demonstração na prática e explicando essas partes, se possível peça algum clérigo para exercer a função de diácono.

 

 

Em geral a Santa Missa é a maior celebração da Igreja Católica, ainda sem entrar em Teologia Sacramental, que será tema da formação sacerdotal, queremos dar uma pincelada em suas principais partes e quais requerem mais atenção e suas subpartes. Destacaremos as partes principais e gerais em azul e as subpartes em rosa.

 

A Santa Missa é dividida em quatro partes: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos Finais.

 

Todo o rito da Santa Missa está disponível na Liturgia Diária da Paulus e também no Missal Romano. O formando deverá investigar ambos os sites e aprender a usá-los para melhor entender o rito completo.

 

 

2.1) OS RITOS INICIAIS

 

Os Ritos Iniciais são constituídos de: Procissão de EntradaÓsculo do AltarIncensação do Altar (em solenidades), Sinal da CruzSaudação InicialAto PenitencialHino de Louvor (aos domingos e em solenidades) e Oração da Coleta.

 

Procissão de Entrada tem início na porta da Igreja em direção ao altar pela nave central, deve ser feita com decoro, pode ser acompanhada de música e badaladas de sinos. Todos a assembleia deverá se posicionar de pé para assistir a procissão. Todos os ministros que irão servir na liturgia devem estar em suas devidas posições nesta ordem: À frente o acólito que porta o Turíbulo, seguido dos Leitores, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, Diáconos, Padres, Bispos e o Presidente da Celebração logo atrás. Em missas solenes, um diácono entrará portando o Evangeliário e o depositará no altar. Termina com a Subida ao Presbitério.

 

Ósculo do Altar é um beijo que todos os concelebrantes proferem ao altar logo após a Subida ao Presbitério, simbolizando admiração, respeito e comunhão com Cristo presente nele. Beijam o altar somente os ministros ordenados, Diáconos, Padres e Bispos, nesta ordem. Caso a missa seja solene e tenha dois diáconos principais que servirão na celebração, estes acompanham o celebrante e beijam o altar ao mesmo tempo que ele (após depositar o Evangeliário no altar).

 

Incensação do Altar ocorre somente em missas solenes, o presbitério e a assembleia permanecerão em pé em seus lugares enquanto o rito é realizado. O acólito turiferário entregará o Turíbulo ao celebrante e este circundará o altar incensando-o e durante o trajeto também fará a Incensação da Cruz, parando de frente para ela e incensando-a 3 vezes de 2 quantias. Ele terminará de incensar o altar, devolverá o Turíbulo ao acólito e se posicionará de frente para a cátedra e prosseguirá com a celebração normalmente.

 

O celebrante então fará com as mãos o Sinal da Cruz enquanto profere as palavras, que o povo responderá somente com Amém enquanto fazem o sinal em si mesmos. O celebrante então fará a Saudação Inicial com a fórmula "A graça e a paz..." ou outra fórmula contida no Missal Romano, no qual o povo sempre responderá "Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo".

 

O celebrante então convocará o povo ao Ato Penitencial, convidando-os a um exame de consciência. Após um breve instante de silêncio o celebrante ou o coral recitará o Kyrie Eleison e encerrará com a Absolvição "Deus todo poderoso tende compaixão...", na qual o povo responderá "Amém".

 

Aos domingos e solenidades o celebrante então convidará o povo a recitar ou cantar o Hino de Louvor, também conhecido como Glória. Ao término do hino ou quando este é omitido, imediatamente recitará a Oração da Coleta, depois disso todo o presbitério e a assembleia poderão se sentar. Têm-se aí o início da Liturgia da Palavra.

 

 

2.2) A LITURGIA DA PALAVRA

 

A Liturgia da Palavra é a comunhão com Jesus, o Verbo Divino. Consiste em: Primeira LeituraSalmo ResponsorialSegunda Leitura (aos domingos e solenidades), Aclamação ao EvangelhoEvangelhoHomiliaCredo (aos domingos e solenidades) e Oração dos Fiéis (opcional).

 

Primeira Leitura, assim como as demais é feita do ambão por um leitor previamente formado, é geralmente retirada do Antigo Testamento mas pode ser também uma leitura do Novo Testamento. Em seguida, também do ambão é proferido o Salmo Responsorial, um Salmo que funciona como resposta à Primeira Leitura, constituído de estrofes e um refrão. Se a missa for solene ou for dominical, logo em seguida é proclamada a Segunda Leitura, sempre do Novo Testamento. Cada uma das leituras pode ser feita por um leitor diferente ou todas podem ser feitas por um só leitor.

 

Em seguida terá início a Aclamação ao Evangelho, que pode ser feita por um leitor ou cantada pelo coral da igreja. Durante a aclamação o diácono solicitará a bênção ao celebrante. Caso não tenha diácono na celebração, um padre ou o próprio celebrante recitará o Evangelho. Caso a Missa seja solene, o turiferário levará o turíbulo ao celebrante para Abençoar o Incenso antes que o diácono vá; logo em seguida se posicionará próximo ao ambão enquanto aguarda o que proclamará a Palavra.

 

Logo após a Aclamação ao Evangelho, e de ter solicitado a bênção, o diácono (se for uma missa solene) pegará o Evangeliário do altar e o conduzirá ao ambão, recitará a introdução com uma breve fórmula: "O Senhor esteja convosco" pela qual o povo responderá "Ele está no meio de nós". Em seguida anunciará à assembleia a Proclamação do Evangelho. Depois disso Incensará o Evangelho e devolverá ao acólito responsável. Então prosseguirá com a recitação do Evangelho.

 

Após o Evangelho, o diácono pegará o Evangeliário e o levará para o celebrante para que ele Oscule o Evangeliário; o celebrante então dá a Bênção com o Evangeliário e devolve-o para o diácono que o guardará na credência ou na sacristia. Se a missa for simples, o diácono mesmo Osculará o Lecionário. A missa prossegue com a Homilia, um sermão que atua como uma conversa de mãe (EG 139), devendo ser breve, sintética e calorosa. Ela pode ser feita pelo celebrante, por um concelebrante ou até mesmo por um diácono, quando necessário.

 

Após a Homilia, o celebrante convidará a assembleia à oração do Credo (se a missa for dominical ou solene) e logo após introduzirá a Oração dos Fieis, feita por um leitor a partir do ambão ou de uma estante preparada, constituída de preces e uma resposta. Terminando, a missa prosseguirá com a Liturgia Eucarística.

 

 

2.3) LITURGIA EUCARÍSTICA

 

A Liturgia Eucarística é a preparação e adoração ao Santíssimo Sacramento, o cume da graça apresentado na Santa Missa. Ela tem início com o Ofertório, seguido da Oração sobre as OferendasPrefácio e Oração Eucarística.

 

Ofertório é o momento em que as oferendas que serão consagradas, o pão e o vinho, são apresentados e preparados no altar para o santo sacrifício. No início deste, pode-se ter a Procissão das Oferendas, em que o povo apresentará, em procissão, o pão, o vinho e a água, que serão usados na celebração. Durante esta, ou não a havendo, um diácono, padre ou um acólito designado começa a Preparar o Altar, abrindo o corporal sobre ele, depois colocando o cálice, sanguíneo, patena com hóstia magna, âmbulas e pala, tudo sobre o corporal. Alguns acólitos podem ajudar o diácono, levando-lhe os objetos litúrgicos da credência até ele, na ausência de acólitos o diácono pode buscar ele mesmo os objetos na credência (ou no mais ludibriante dos casos, os objetos podem surgir do nada apenas com a fala).

 

Com o altar preparado, o celebrante Apresentará as Ofertas para consagração, elevando-as e recitando a fórmula. Em seguida, caso seja uma missa solene, o turiferário apresentará o turíbulo para a Bênção do Incenso, depois o padre tomará o turíbulo e fará a Incensação do Altar, então entregará o turíbulo ao diácono que deve fazer a Incensação do Celebrante e a Incensação da Assembleia, devolvendo então o turíbulo ao turiferário. Um acólito Lavará as Mãos do celebrante com o lavabo enquanto o diácono incensa a assembleia.

 

O sacerdote encerra o Ofertório com a Entrega das Oferendas e logo em seguida recita a Oração sobre as Oferendas, tomada da Liturgia Diária da Paulus (Dom Total). Inicia-se imediatamente o Prefácio, uma oração tomada do Missal Romano de acordo com a liturgia do dia e/ou do tempo litúrgico, que introduz o mistério da Eucaristia na liturgia do dia, antes da Oração Eucarística. Ao término do Prefácio, os fieis aclamam com o Santo.

 

Após o Santo inicia-se a Oração Eucarística, composta da Consagração e das Preces Eucarísticas. As Preces Eucarísticas são compostas de duas invocações maiores feitas pelo celebrante principal e outras três invocações menores (variando de oração eucarística para oração eucarística) que podem ser feitas tanto pelo celebrante principal quanto por concelebrantes. Durante a Consagração, o acólito responsável pelo turíbulo deverá Incensar a Eucaristia com três ductos e três ictos, tanto na consagração do Corpo como na do Sangue.

 

Na Doxologia final da Oração Eucarística, o celebrante entregará o cálice ao diácono concelebrante, que o erguerá até o grande amém. Segue-se em diante o Rito da Comunhão.

 

 

2.4) RITO DA COMUNHÃO E RITOS FINAIS

 

Após a Doxologia, o celebrante convocará a assembleia para a oração do Pai Nosso, continuada imediatamente, após o término sem o amém, com a Súplica da Paz, pelo qual o povo responderá sempre: "Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre". Segue-se a Oração pela Paz, que o sacerdote proferirá sozinho e pode ser sucedida do Abraço da Paz, quando for oportuno. A assembleia canta, em seguida, o Cordeiro de Deus, enquanto o sacerdote Parte o Pão e faz as Orações Pré-Comunhão em silêncio, seguido de seu breve genuflecto. O sacerdote profere a Apresentação do Cordeiro, pela qual o povo responderá sempre: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo". Após isso ele toma a Comunhão, e todo o presbitério faz o mesmo. Um ministro extraordinário ou um clérigo ordenado tomará uma âmbula e distribuirá a comunhão para a assembleia.

 

Após voltar com a âmbula, o ministro a fechará a guardará no sacrário. Um acólito instituído ou um ministro ordenado se dirigirá ao altar e fará a Purificação, desta forma: purificando a patena, depois entregando o cálice para o celebrante comungar das sobras, levará-o de volta ao corporal, preencherá o cálice com água, tomará da água, purificará o cálice e, por fim, montará o conjunto do cálice nesta ordem: cálice, sanguíneo, patena, pala e corporal dobrado.

 

Terminada a Purificação, o celebrante dará continuidade com os ritos finais, proferindo a Oração Pós-Comunhão. Abrir-se-á um momento breve para os Avisos e, em seguida, prosseguirá-se a Bênção Final e a Procissão de Saída, na qual os concelebrantes Osculam o Altar e seguem para a sacristia. Por fim, na sacristia, a missa encerra-se definitivamente com a Bendição de Deus, pelo qual a equipe de celebração responderá: "Graças a Deus".

 

 

 

 

3) OS MINISTÉRIOS EXTRAORDINÁRIOS

 

 

3.1) OS LEITORES

 

Leitores são participantes funcionais da Santa Missa, encarregados de proclamarem as leituras do dia. Nas missas durante os dias de semana há a Primeira Leitura e o Salmo Responsorial. Nas missas de domingo há também uma Segunda Leitura. Pode exercer este ofício um leigo de ambos os sexos, um seminarista ou um clérigo.

 

Todas as leituras são extraídas da Liturgia Diária do site Dom Total. Os leitores podem optar por fazê-las direto do site da Liturgia Diária da Paulus.

 

Primeira Leitura sucede imediatamente a Oração da Coleta. Após a Primeira Leitura imediatamente inicia-se o Salmo e em seguida têm-se a Segunda Leitura (somente aos domingos e solenidades). As leituras podem ser feitas por um só leitor ou feita por diferentes leitores.

 

(após uma demonstração e um breve teste, o seminarista a partir desta aula já poderá assumir o serviço de Leitor nas celebrações litúrgicas e faça a Instituição na capela do Seminário)


Rito da Instituição de um Leitor

 

1. A instituição é feita na Missa presida pelo Bispo, sempre com a devida autorização dos formadores. A instituição de leitores pode-se realizar também na Celebração da Palavra, sempre presidida pelo Bispo, neste caso, ao fim do Rito de Instituição concede-se a bênção e despede-se a assembléia.

2. Utiliza-se  a Liturgia do Dia.

3.  Após o Evangelho, o bispo senta, de mitra, no lugar preparado. O diácono, ou o Presbítero designado para isso, chama os candidatos, dizendo:

Diác: 
Aproxime-se o que vai ser instituído no ministério de Leitor.

O candidato,chamado pelo nome, responde:

Candidato: 
Presente!

E aproxima-se do Bispo a quem faz uma reverência.

4. Sentam todos, e o Bispo faz a homilia.

5. Terminada a homilia, todos se levantam. O Bispo, sem mitra, convida os fiéis a orar, dizendo:
Pres: Caríssimos irmãos e irmãs, roguemos a Deus Pai todo-poderoso que abençoe este servo escolhido para o ministério de Leitor, a fim de que exercendo com solicitude a função a ele confiada de anunciar o Cristo glorifique o Pai que está nos céus.

 

Todos rezam um momento em silencio.

 

6. O Bispo continua:

 

Ó Deus fonte de toda luz e bondade, que enviastes vosso Filho Unigênito, o Verbo da vida, para revelar a humanidade o ministério de vosso amor, abençoai este nosso irmão + escolhido para o ministério de Leitor. Concedei que, meditando sem cessar vossa palavra, possa impregnar-se dela e anuncia-la fielmente a seus irmãos. Por Cristo, nosso Senhor.

Ass: Amém.

 

7. O candidato aproxima-se do presidente, que lhe entrega então o lecionário dizendo:

 

Pres: Recebe este livro da Sagrada Escritura e transmite com fidelidade a Palavra de Deus, para que frutifique cada vez mais no coração das pessoas.

 

O novo leitor responde:

Amém.

 



3.2) OS ACÓLITOS

 

Os acólitos são membros do ofício do altar e são encarregados da preparação do Ofertório e da Purificação. Para exercer este ofício é necessário conhecer bem os objetos litúrgicos e a ordem com que são apresentados ao altar. Os acólitos também se encarregam das demais funções que podem tomar parte durante o Ofertório quando não há a presença de diáconos para exercer estas funções ou quando não há a presença suficiente de diáconos para exercerem essas funções, como a Incensação do Celebrante, a Incensação do Povo e o Lavabo.

 

Para tal explicaremos cada subsequência destas partes da Missa. O Ofertório tem início imediatamente após a Oração dos Fiéis. Para a sua realização, o acólito deverá prosseguir com as seguintes etapas:

 

Abro o corporal, e estendo-o*
Coloco o cálice ao lado direito do corporal.*
Pego o sanguíneo, e coloco ao lado direito do corporal.*
Pego a patena, e coloco-a sobre o corporal.*
Pego galhetas, e coloco vinho e um pingo d'água no cálice.*
Coloco o cálice sobre o corporal.*
Pego os cibórios, e coloco-os sobre o corporal.*
Abro o missal romano.*
Vênia.*
Aguardo celebrante*
Pego patena*
Entrego*
Pego Cálice*
Entrego*


(Neste momento o celebrante se aproxima do altar, para as orações de oferecimento)



Depois disso deverá ceder espaço ao celebrante que apresentará as oferendas com as orações silenciosas de apresentação. Depois das orações o celebrante Incensará as Oblatas (somente em missas solenes)


Enquanto o celebrante está fazendo as orações de oferecimento, o diácono ou o cerimoniário (caso tiver), deve pegar o lavabo para lavar as mãos do sacerdote.

Quando o celebrante acabar as orações, virar-se, e aproximar-se, o diácono ou o cerimoniário, diz:

Apresento o lavabo.*

(O celebrante purifica as mãos)

Entrego o manustérgio.*

(O celebrante seca as mãos, e junto fazem reverência)

Vênia.*

(Cada atitude feita deve ser acompanhada da figura 
* junto á frase que quer repassar o sentido de ação como pode-se ver na foto abaixo)



O acólito atuará novamente durante a Purificação. Ela tem início após a Comunhão dos Fiéis e deverá ser feita da seguinte forma:

 

Quando todos terminarem de comungar, o diácono deve retirar os objetos litúrgicos do altar, da seguinte forma:

Pego o cálice.*

(Neste momento o diácono leva o cálice até o celebrante)

Entrego-o ao celebrante.*

(O celebrante comunga do sangue de Cristo, e devolve)

Pego-o.*

(Neste momento o diácono se aproxima do altar para a purificação)

Pego galheta, e purifico o cálice.*

Seco-o com o sanguíneo, e coloco-o ao lado direito.*

Purifico os cibórios, enxugo-os com o sanguíneo, e coloco-os na credência.*

Pego o sanguíneo, e coloco-o sobre o cálice, junto a patena e a pala.*

Dobro o corporal, e coloco-o sobre o cálice.*

Coloco o cálice na credência.*

Vênia.*

 

 

(deverá ser feita uma demonstração e um teste sobre esta aula, tendo superado o teste o seminarista estará apto ao ofício de Acólito nas celebrações litúrgicas e faça a Instituição na capela do seminário)



Rito da Instituição de um Acólito


1.  A instituição é feita na Missa presida pelo Bispo, sempre com a devida autorização dos formadores.

2. Utiliza-se  a Liturgia do Dia.

3.  Após o Evangelho, o bispo senta, de mitra, no lugar preparado. O diácono, ou o Presbítero designado para isso, chama os candidatos, dizendo:

Diác: 
Aproxime-se o que será ser instituído no ministério de Acólito.

O candidato,chamado pelo nome, responde:

Candidato: 
Presente!

E aproxima-se do Bispo a quem faz uma reverência.

4. Sentam todos, e o Bispo faz a homilia.

5. Terminada a homilia, todos se levantam. O Bispo, sem mitra, convida os fiéis a orar, dizendo:

Pres: Caríssimos irmãos e irmãs, roguemos a Deus Pai todo-poderoso que abençoe este servo escolhido para o ministério de Acólito lhe de a força de servire fielmente a sua Igreja.

 

Todos rezam um momento em silencio.

 

6. O Bispo continua:

 

Ó Deus de suma bondade, que por vosso Filho Unigênito entregastes à vossa Igreja o pão da vida, abençoai + este nosso irmão escolhidos para o ministério de Acólito e concedei que se dedique ao serviço do vosso santo Altar, distribua fielmente o Pão da vida aos seus irmãos e cresça na fé e na caridade para a edificação da vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.

Ass: Amém.

 

7. O instituído aproxima-se do presidente, que lhe entrega a patena com o pão dizendo:

 

Pres: Recebe o pão para a celebração da Eucaristia e procede de tal modo que possa servir dignamente a mesa do Senhor e da Igreja.

 

O novo acólito responde:

Amém.


8. 
A celebração prossegue como de costume, com a Profissão de fé, quando prescrita.

 



3.3) OS MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA SAGRADA COMUNHÃO

 

Os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC) são um ministério exercido por leigos de ambos os sexos e seminaristas para a boa compreensão e manipulação das Sagradas Espécies. Bem instruídos no ofício, este ministério é de suma importância e quem o desempenha pode realizar também Celebrações da Palavra. Para este ofício a pessoa deve ser idônea, bem instruída na teologia da Missa e desempenhar com piedade esta missão confiada a eles.

 

Os MESC devem saber as regras fundamentais para a Comunhão dos Fiéis, que ocorre imediatamente após a Comunhão do Presbitério. Após comungar, o ministro toma uma âmbula do altar e desce do presbitério para distribuir o Santíssimo Corpo de Cristo aos fiéis que participam da Missa. O ministro introduzirá seu ofício erguendo uma hóstia e dizendo a oração "O Corpo de Cristo", no qual o fiel responderá "Amém". A Sagrada Comunhão se for distribuída em duas espécies deverá ter como oração introdutória "O Corpo e o Sangue de Cristo" pelo qual o fiel também responderá "Amém". Quando distribuída em uma espécie pode ser entregue nas mãos do fiel ou diretamente na boca, quando distribuída em duas espécies deverá ser entregue sempre diretamente na boca.

 

Para abrir o sacrário antes do início do Rito da Comunhão, o MESC deverá fazer uma breve genuflexão, depois abri-lo, pegar a âmbula de dentro e colocá-la no altar sobre o corporal. Ao final do rito, depois de ter distribuído a comunhão à assembleia, o ministro voltará ao sacrário, abrindo-o sem fazer genuflexão, guardará a âmbula e então neste momento fará a genuflexão e, por fim, fechará o sacrário.

 

(deverá ser feita uma demonstração e um teste sobre esta aula, uma vez que este assunto esteja completamente dominado pelo candidato, ele será apresentado ao Bispo Prelado e receberá o Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão através do rito de instituição durante uma Missa)

 

 

4) TEOLOGIA DO DIACONATO

 

A palavra "diácono" vem do grego e significa servo. Ele é, nas Sagradas Escrituras, o membro ordenado com a sucessão apostólica para o serviço social da Igreja, e não para o sacerdócio. Os diáconos eram responsáveis pelo serviço do anúncio do Evangelho e pelo serviço da caridade; eram eles quem distribuíam esmolas e pregavam a Boa Nova publicamente. Por conta dessa tradição, os diáconos são responsáveis até hoje na missa pela recitação do Evangelho e pela preparação do altar eucarístico.

 

Os diáconos recebem o primeiro grau da ordem sacerdotal, ordenados para o serviço e não para o sacerdócio. São os principais colaboradores da ordem episcopal e, por conjunto, da ordem presbiteral. Acompanham e diretamente o bispo ordinário local, pois são ordenados para os servirem e, através deles, a Igreja, os presbíteros e o povo.

 

Sendo membros do clero, são proibidos de contrair matrimônio após a ordenação, porém um homem casado pode assumir o ofício diaconal, tornando-se diácono permanente, função tal que mantém a esposa e a família ao mesmo tempo em que assume funções maiores e ministeriais dentro da Igreja. Também são obrigados desde já a recitarem a Liturgia das Horas diariamente e a manter respeito e obediência ao bispo ordinário local. São eles também os responsáveis pelas realizações dos sacramentos do Batismo e do Matrimônio.

 

 

5) AS CORES LITÚRGICAS

 

Obs.: (Se possível apresente essas cores vestindo a dalmática)

 

Cada celebração do tempo litúrgico, cada celebração votiva e cada celebração sacramental é acompanhada de paramentos ricamente adornados cujas cores variam de acordo com a ocasião. Todos os paramentos variam por cor litúrgica, sendo elas sete: vermelho, branco, roxo, verde, rosa, preto e azul. Usaremos como modelo para essa parte da apresentação, modelos de Capa Pluvial nas diferentes cores.

 

A cor Vermelha é usada nas festas dos santos mártires, nas festas do Espírito Santo, nas liturgias papais a apostólicas, no Domingo de Ramos e na Sexta-Feira da Paixão do Senhor. Simboliza o fogo do Espírito Santo e o sangue derramado pelos mártires.

 

 

A cor Branca ou Dourada é usada no Tempo Pascal e no Tempo do Natal, nas festas, memórias e solenidades dos santos, nas solenidades do Senhor, nas solenidades da Virgem Maria, na celebração de bênçãos solenes, na celebração do Batismo, da Crisma e do Matrimônio. Simboliza a alegria, a pureza e a vida eterna.

 

 

A cor Roxa é usada no Tempo do Advento, do Tempo da Quaresma, nas celebrações fúnebres, na celebração dos sacramentos da Reconciliação e da Unção dos Enfermos. Simboliza a penitência e a contrição.

 

 

A cor Verde é usada no Tempo Comum. Simboliza a esperança e o Espírito Santo.


 


 

A cor Rosa é usada em duas ocasiões no ano litúrgico: no Domingo Gaudete (3º Domingo do Advento) e no Domingo Laetare (4º Domingo da Quaresma), ambos significam "Domingo da Alegria". A cor é uma mistura do roxo e do branco, simbolizando a alegria que está por chegar das grandes festas do Natal e da Páscoa, mas sem sair do clima penitencial que seus tempos proporcionam.

 


 

A cor Preta é usada em rituais fúnebres e missas de réquiem. Simboliza a morte.

 

 

A cor Azul é usada em festas marianas, seu uso só é aplicável com indulto especial da Santa Sé. Simboliza o manto da Virgem Maria.

 

 

 

6) OS PARAMENTOS DIACONAIS

 

São dois os paramentos usados pelos diáconos: Estola Diaconal e Dalmática. Usa-se cada uma em ocasiões e situações diferentes, como explanaremos.

 

Estola Diaconal é o símbolo da dignidade do diácono, usada por ele em todas as ocasiões litúrgicas em que estiver prestando serviço pela qual fora ordenado e constituído. Usa-se sempre acompanhada da alva, dentro da missa ou fora dela; consiste em uma faixa de pano adornada de ricos detalhes e símbolos religiosos, seu tecido é sempre da cor litúrgica do dia vigente ou de acordo com a cor litúrgica da ocasião vigente (no caso da celebração de bênçãos ou missas votivas). Segue, como exemplo, um modelo de estola diaconal, acompanhada da alva, na cor branca:

 

 

Adjunto à Estola Diaconal, usa-se por cima dela a Dalmática, sempre em ocasiões mais solenes e preferível às missas dominicais. A dalmática é o símbolo serviçal da condição do diácono, pelo qual se veste para pôr-se a serviço do bispo e do povo. Deve acompanhar as cores do dia ou da celebração vigente, conforme a estola diaconal, e nunca usada sem o acompanhamento dela e da alva. Segue um modelo de uma dalmática na cor branca:

 

 

É preferível e muito admirável que os diáconos optem pelo uso da Dalmática dentro das Santas Missas. E o uso somente da Estola Diaconal fora da missa, em ocasiões de bênçãos e missas semanais, não existindo, porém, uma exigência para esta preferência. A Dalmática é sempre exigida e obrigatória na celebração do Batismo e do Matrimônio.

 

 

Diáconos

 

 

 

Os diáconos são aqueles que estão se preparando para serem sacerdotes do Senhor Jesus Cristo. Essa última fase é uma fase de alegria e de festa na terra e no céu. Após os diáconos terem concluído todas as aulas, os candidatos devem realizar uma prova avaliativa para o reitor ter a certeza que o diácono está hábito para ser ordenado sacerdote. Nesse período deve ter Santa Missa somente aos diáconos, também deve haver celebração da palavra celebrada pelos os diáconos, os diáconos se oportuno devem se confessar durante um dia na semana com o padre confessor do mesmo, os diáconos devem fazer visitas comunitárias com o reitor.

 

 7. Funções do Diácono na Santa Missa.

 

A Santa Missa é o momento em que nós católicos praticamos a nossa fé. Os diáconos são clérigos de extrema importância na Santa Missa, pois estes são responsáveis pela divulgação da palavra do Evangelho. Vale deixar claro que o Evangelho é proclamado após a realização das leituras do dia (Leituras e Salmo Responsorial).

Para divulgar esta santíssima palavra do Evangelho, o diácono deve seguir alguns trâmites durante a missa. São estas:

O diácono deve se levantar no local em que estava sentado, ir diante do celebrante da missa, ajoelhar-se (sentar ou :sit) e pedir a benção para proclamar o evangelho.
"Dai-me sua benção para divulgar a sagrada leitura".


Após o celebrante da Missa conceder a benção, o diácono deve se conduzir ao ambão para realizar a leitura.

IMPORTANTE: se a missa não for dominical ou não for uma solenidade, o diácono dirige-se até o ambão e lê o Evangelho do lecionário. Caso a missa seja solenidade ou dominical, o diácono depois de pedir a benção ao celebrante, dirige-se ao altar, pega o evangeliário e o ergue. Ao chegar no ambão, ele depõe o evangeliário para realizar a leitura.

O diácono abre o livro dos Evangelhos e diz à assembleia:
O Senhor esteja convosco!
Todos respondem:
"Ele está no meio de nós!"

Depois o diácono prossegue de acordo com o Evangelho do dia:
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo...
Então todos concluem respondendo:
"Glória a vós, Senhor!"

Ao fim da leitura do Evangelho, o diácono diz:
Palavra da Salvação.
Todos respondem:
"Glória a vós, Senhor!"

Caso a missa seja dominical ou solene, o diácono fecha o evangeliário, pega-o, ergue-o, leva-o até o celebrante e entrega-o ao mesmo, este irá abençoar os presentes e depois devolver. O diácono pega o evangeliário novamente e o depõe no ambão, depois de beijá-lo.

Não sendo uma missa dominical ou solene, o diácono apenas beija o lecionário e volta ao seu lugar.

Além de divulgar a palavra do Evangelho, pode ser que o celebrante designe ao diácono a tarefa de preparar o altar para o ofertório do Corpo e Sangue de Cristo. Isto é feito da seguinte forma:

Abro o corporal, e estendo-o*
Coloco o cálice ao lado direito do corporal.*
Pego o sanguíneo, e coloco ao lado direito do corporal.*
Pego a patena, e coloco-a sobre o corporal.*
Pego galhetas, e coloco vinho e um pingo d'água no cálice.*
Coloco o cálice sobre o corporal.*
Pego os cibórios, e coloco-os sobre o corporal.*
Abro o missal romano.*
Vênia.*

(Neste momento o celebrante se aproxima do altar, para as orações de oferecimento)
Enquanto o celebrante está fazendo as orações de oferecimento, o diácono ou o cerimoniário (caso tiver), deve pegar o lavabo para lavar as mãos do sacerdote.


Quando o celebrante acabar as orações, virar-se, e aproximar-se, o diácono ou o cerimoniário, diz:

Apresento o lavabo.*
(O celebrante purifica as mãos)

Entrego o manustérgio.*
(O celebrante seca as mãos, e junto fazem reverência)

Vênia.*
(Cada atitude feita deve ser acompanhada da figura * junto á frase que quer repassar o sentido de ação)

Ao fim da comunhão, quando todos já tiverem comungado e estiverem sentados, o diácono deve arrumar o altar e limpar os objetos litúrgicos. Isto é feito da seguinte forma:

Pego o cálice.*
(Neste momento o diácono leva o cálice até o celebrante)

Entrego-o ao celebrante.*
(O celebrante comunga do sangue de Cristo, e devolve)

Pego-o.*
(Neste momento o diácono se aproxima do altar para a purificação)

Pego galheta, e purifico o cálice.*
Seco-o com o sanguíneo, e coloco-o ao lado direito.*
Purifico os cibórios, enxugo-os com o sanguíneo, e coloco-os na credência.*
Pego o sanguíneo, e coloco-o sobre o cálice, junto a patena e a pala.*
Dobro o corporal, e coloco-o sobre o cálice.*
Coloco o cálice na credência.*
​Vênia.*

CONCLUÍDA AS AULAS, O TESTE É APLICADO. TENDO APROVAÇÃO NO MESMO, É MARCADA A ORDENAÇÃO DIACONAL.