III - Formação Acadêmica Diaconal
ESTRUTURA GERAL:
I. Hierarquia Eclesiástica, Pronomes de Tratamento e Batina
II.
As partes da Santa
Missa
III.
Os Ministérios Extraordinários
IV.
Teologia do Diaconato
V.
Cores Litúrgicas
VI.
Paramentos Diaconais
VII.
Funções do diácono na
Santa Missa
1) HIERARQUIA
ECLESIÁSTICA, PRONOMES DE TRATAMENTO E BATINAS
Obs.: Faça uma demonstração na
prática, usando a batina específica e ensinando a pedir a bênção
Ao papa se pede a bênção da
seguinte maneira:
Este sinal (*) simbolizam a ação
que vai executar
Vossa bênção, Santidade
Ósculo anel de pescador*
Ósculo pé destro*
Ósculo significa beijo.
Cardeais: São os Príncipes da Igreja,
a quem são reservados o dever de eleger o próximo pontífice. São Bispos que
detém o título de Cardeal. Devem ser tratados por Vossa Eminência.
Usam a batina preta com detalhes em vermelho, solidéu vermelho, faixa vermelha,
meias vermelhas, cruz peitoral e anel cardinalício.
Aos cardeais a bênção é da seguinte maneira:
Vossa bênção, Eminência!
Ósculo anel cardinalício*
Arcebispos e Bispos: São os sucessores dos
apóstolos, ordenados ao Terceiro Grau da Ordem Sacerdotal, pastores das
Arquidioceses e Dioceses do mundo. Podem ser metropolitanos, diocesanos,
auxiliares ou coadjutores. São tratados pelo pronome Vossa Excelência. Ao
se falar diretamente com um bispo deve-se usar o prenome Dom (do
latim "dominus") antes de seu nome pessoal. Usam a batina preta
com detalhes em vermelho, solidéu violáceo, faixa violácea, meias violáceas, cruz
peitoral e anel episcopal.
Aos Arcebispos e Bispos a bênção é da seguinte maneira:
Vossa bênção, Excelência!
Ósculo anel Episcopal*
Monsenhores: São Padres que
detém o título de Monsenhor. Devem ser tratados por Vossa
Reverendíssima. Usam a batina preta com detalhes em violáceo, solidéu preto
(opcional), faixa violácea e meias violáceas.
Aos Monsenhores a bênção é da seguinte maneira:
Vossa bênção, Reverendíssimo!
Cônegos: São Padres que
detém o título de Cônego. São tratados pelo pronome Vossa
Reverendíssima. Usam a batina preta com detalhes em vermelhos, solidéu preto
(opcional), faixa preta e meias pretas.
Aos Cônegos a bênção é da seguinte maneira:
Vossa bênção, Reverendíssimo!
Padres: São os membros ordenados
com o Segundo Grau da Ordem Sacerdotal, responsável pelo sacramento da
Eucaristia e da Penitência. São tratados com o pronome Vossa
Reverendíssima. Usam a batina inteiramente preta, solidéu preto (opcional),
faixa preta e meias pretas.
Aos Padres a bênção é da seguinte maneira:
Vossa bênção, Reverendíssimo!
Diáconos: São os membros ordenados
com o Primeiro Grau da Ordem Sacerdotal, ordenados para o serviço e não para o
sacerdócio, sendo responsáveis pela celebração dos sacramentos do Batismo e do
Matrimônio. São tratados com o pronome Vossa Reverendíssima. Usam a batina
inteiramente preta, solidéu preto (opcional), faixa preta e meias pretas.
Aos Diáconos a bênção é da seguinte maneira:
Vossa bênção, Reverendíssimo!
2) AS PARTES DA MISSA
Obs.: Faça uma demonstração na
prática e explicando essas partes, se possível peça algum clérigo para exercer
a função de diácono.
Em geral a Santa Missa é a maior celebração da
Igreja Católica, ainda sem entrar em Teologia Sacramental, que será tema da
formação sacerdotal, queremos dar uma pincelada em suas principais partes e
quais requerem mais atenção e suas subpartes. Destacaremos as partes principais
e gerais em azul e as subpartes em rosa.
A Santa Missa é dividida em quatro partes: Ritos
Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos Finais.
Todo o rito da Santa Missa está disponível na
Liturgia Diária da Paulus e também no Missal Romano. O formando deverá
investigar ambos os sites e aprender a usá-los para melhor entender o rito
completo.
2.1) OS RITOS INICIAIS
Os Ritos Iniciais são constituídos de: Procissão de Entrada, Ósculo do Altar, Incensação
do Altar (em solenidades), Sinal da Cruz, Saudação Inicial, Ato
Penitencial, Hino de Louvor (aos domingos e
em solenidades) e Oração da Coleta.
A Procissão
de Entrada tem início na
porta da Igreja em direção ao altar pela nave central, deve ser feita com
decoro, pode ser acompanhada de música e badaladas de sinos. Todos a assembleia
deverá se posicionar de pé para assistir a procissão. Todos os ministros que
irão servir na liturgia devem estar em suas devidas posições nesta ordem: À
frente o acólito que porta o Turíbulo, seguido dos Leitores, Ministros
Extraordinários da Sagrada Comunhão, Diáconos, Padres, Bispos e o Presidente da
Celebração logo atrás. Em missas solenes, um diácono entrará portando o
Evangeliário e o depositará no altar. Termina com a Subida ao Presbitério.
O Ósculo
do Altar é um beijo que todos os
concelebrantes proferem ao altar logo após a Subida ao Presbitério, simbolizando admiração, respeito e comunhão com Cristo presente nele.
Beijam o altar somente os ministros ordenados, Diáconos, Padres e Bispos, nesta
ordem. Caso a missa seja solene e tenha dois diáconos principais que servirão
na celebração, estes acompanham o celebrante e beijam o altar ao mesmo tempo
que ele (após depositar o Evangeliário no altar).
A Incensação
do Altar ocorre somente em missas solenes,
o presbitério e a assembleia permanecerão em pé em seus lugares enquanto o rito
é realizado. O acólito turiferário entregará o Turíbulo ao celebrante e este
circundará o altar incensando-o e durante o trajeto também fará a Incensação da Cruz, parando de frente para ela e incensando-a 3 vezes de 2 quantias. Ele
terminará de incensar o altar, devolverá o Turíbulo ao acólito e se posicionará
de frente para a cátedra e prosseguirá com a celebração normalmente.
O celebrante então fará com as mãos o Sinal da Cruz enquanto profere as palavras, que o povo responderá somente com
Amém enquanto fazem o sinal em si mesmos. O celebrante então fará a Saudação Inicial com a fórmula "A graça e a paz..." ou outra fórmula
contida no Missal Romano, no qual o povo sempre responderá "Bendito seja
Deus que nos reuniu no amor de Cristo".
O celebrante então convocará o povo ao Ato Penitencial, convidando-os a um exame de consciência. Após um breve instante de
silêncio o celebrante ou o coral recitará o Kyrie Eleison e encerrará com
a Absolvição "Deus todo poderoso tende
compaixão...", na qual o povo responderá "Amém".
Aos domingos e solenidades o celebrante então convidará
o povo a recitar ou cantar o Hino
de Louvor, também conhecido como Glória. Ao
término do hino ou quando este é omitido, imediatamente recitará a Oração da Coleta, depois disso todo o presbitério e a assembleia poderão se sentar.
Têm-se aí o início da Liturgia da Palavra.
2.2) A LITURGIA DA PALAVRA
A Liturgia da Palavra é a comunhão com Jesus, o
Verbo Divino. Consiste em: Primeira
Leitura, Salmo Responsorial, Segunda Leitura (aos domingos e solenidades), Aclamação ao Evangelho, Evangelho, Homilia, Credo (aos domingos e solenidades) e Oração dos Fiéis (opcional).
A Primeira
Leitura, assim como as demais é feita do ambão
por um leitor previamente formado, é geralmente retirada do Antigo Testamento
mas pode ser também uma leitura do Novo Testamento. Em seguida, também do ambão
é proferido o Salmo Responsorial, um Salmo que funciona como resposta à Primeira Leitura, constituído de estrofes e um refrão. Se a missa for solene ou for
dominical, logo em seguida é proclamada a Segunda Leitura, sempre do Novo Testamento. Cada uma das leituras pode ser feita por um
leitor diferente ou todas podem ser feitas por um só leitor.
Em seguida terá início a Aclamação ao Evangelho, que pode ser feita por um leitor ou cantada pelo
coral da igreja. Durante a aclamação o diácono solicitará a bênção ao
celebrante. Caso não tenha diácono na celebração, um padre ou o próprio
celebrante recitará o Evangelho. Caso a Missa seja solene, o turiferário levará
o turíbulo ao celebrante para Abençoar o Incenso antes que o
diácono vá; logo em seguida se posicionará próximo ao ambão enquanto aguarda o
que proclamará a Palavra.
Logo após a Aclamação ao Evangelho, e de ter solicitado
a bênção, o diácono (se for uma missa solene) pegará o Evangeliário do altar e
o conduzirá ao ambão, recitará a introdução com uma breve fórmula: "O
Senhor esteja convosco" pela qual o povo responderá "Ele está no meio
de nós". Em seguida anunciará à assembleia a Proclamação do Evangelho. Depois disso Incensará o Evangelho e devolverá ao
acólito responsável. Então prosseguirá com a recitação do Evangelho.
Após o Evangelho, o diácono pegará o Evangeliário e o levará para o
celebrante para que ele Oscule o
Evangeliário; o celebrante então dá a Bênção com o Evangeliário e devolve-o para o diácono que o guardará na
credência ou na sacristia. Se a missa for simples, o diácono mesmo Osculará o Lecionário. A missa prossegue com a Homilia, um sermão que atua como uma conversa de mãe (EG
139), devendo ser breve, sintética e calorosa. Ela pode ser feita pelo
celebrante, por um concelebrante ou até mesmo por um diácono, quando
necessário.
Após a Homilia, o celebrante convidará a assembleia à oração
do Credo (se a missa for dominical ou solene) e logo após introduzirá
a Oração dos Fieis, feita por um leitor a partir do ambão ou de uma
estante preparada, constituída de preces e uma resposta. Terminando, a missa
prosseguirá com a Liturgia Eucarística.
2.3) LITURGIA EUCARÍSTICA
A Liturgia Eucarística é a preparação e adoração ao
Santíssimo Sacramento, o cume da graça apresentado na Santa Missa. Ela tem
início com o Ofertório, seguido da Oração sobre as Oferendas, Prefácio e Oração
Eucarística.
O Ofertório é o momento em que as oferendas que serão
consagradas, o pão e o vinho, são apresentados e preparados no altar para o
santo sacrifício. No início deste, pode-se ter a Procissão das Oferendas, em que o povo apresentará, em procissão, o pão, o
vinho e a água, que serão usados na celebração. Durante esta, ou não a havendo,
um diácono, padre ou um acólito designado começa a Preparar o Altar, abrindo o corporal sobre ele, depois colocando o cálice, sanguíneo,
patena com hóstia magna, âmbulas e pala, tudo sobre o corporal. Alguns acólitos
podem ajudar o diácono, levando-lhe os objetos litúrgicos da credência até ele,
na ausência de acólitos o diácono pode buscar ele mesmo os objetos na credência
(ou no mais ludibriante dos casos, os objetos podem surgir do nada apenas com a
fala).
Com o altar preparado, o celebrante Apresentará as Ofertas para consagração, elevando-as e recitando a
fórmula. Em seguida, caso seja uma missa solene, o turiferário apresentará o
turíbulo para a Bênção do Incenso, depois o padre tomará o turíbulo e fará a Incensação do Altar, então entregará o turíbulo ao diácono que deve fazer a Incensação do Celebrante e a Incensação da Assembleia, devolvendo então o
turíbulo ao turiferário. Um acólito Lavará as Mãos do celebrante
com o lavabo enquanto o diácono incensa a assembleia.
O sacerdote encerra o Ofertório com a Entrega das
Oferendas e logo em seguida recita a Oração sobre as Oferendas, tomada da Liturgia Diária da Paulus (Dom Total).
Inicia-se imediatamente o Prefácio, uma oração tomada do Missal Romano de acordo com
a liturgia do dia e/ou do tempo litúrgico, que introduz o mistério da
Eucaristia na liturgia do dia, antes da Oração Eucarística. Ao término do Prefácio, os fieis aclamam com o Santo.
Após o Santo inicia-se a Oração Eucarística, composta da Consagração e das Preces Eucarísticas. As Preces Eucarísticas são compostas de duas invocações maiores
feitas pelo celebrante principal e outras três invocações menores (variando de
oração eucarística para oração eucarística) que podem ser feitas tanto pelo
celebrante principal quanto por concelebrantes. Durante a Consagração, o acólito responsável pelo turíbulo deverá Incensar a Eucaristia com três ductos e três ictos, tanto na consagração do Corpo como
na do Sangue.
Na Doxologia final da Oração
Eucarística, o celebrante entregará o cálice ao diácono concelebrante, que o
erguerá até o grande amém. Segue-se em diante o Rito da Comunhão.
2.4) RITO DA COMUNHÃO E RITOS FINAIS
Após a Doxologia, o celebrante
convocará a assembleia para a oração do Pai Nosso, continuada
imediatamente, após o término sem o amém, com a Súplica da Paz, pelo qual o povo responderá sempre: "Vosso é o reino, o poder e a
glória para sempre". Segue-se a Oração pela Paz, que o sacerdote
proferirá sozinho e pode ser sucedida do Abraço da Paz, quando for
oportuno. A assembleia canta, em seguida, o Cordeiro de Deus, enquanto o sacerdote Parte o Pão e faz as Orações Pré-Comunhão em silêncio, seguido de seu breve genuflecto. O sacerdote profere
a Apresentação do Cordeiro, pela qual o povo responderá sempre: "Senhor,
eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei
salvo". Após isso ele toma a Comunhão, e todo o presbitério faz o mesmo. Um ministro
extraordinário ou um clérigo ordenado tomará uma âmbula e distribuirá a comunhão
para a assembleia.
Após voltar com a âmbula, o ministro a fechará a
guardará no sacrário. Um acólito instituído ou um ministro ordenado se dirigirá
ao altar e fará a Purificação, desta forma: purificando a patena, depois
entregando o cálice para o celebrante comungar das sobras, levará-o de volta ao
corporal, preencherá o cálice com água, tomará da água, purificará o cálice e,
por fim, montará o conjunto do cálice nesta ordem: cálice, sanguíneo, patena,
pala e corporal dobrado.
Terminada a Purificação, o celebrante dará
continuidade com os ritos finais, proferindo a Oração Pós-Comunhão. Abrir-se-á um momento breve para os Avisos e, em
seguida, prosseguirá-se a Bênção
Final e a Procissão de Saída, na qual os concelebrantes Osculam o Altar e seguem para a sacristia. Por fim, na sacristia, a missa
encerra-se definitivamente com a Bendição
de Deus, pelo qual a equipe de celebração
responderá: "Graças a Deus".
3) OS MINISTÉRIOS EXTRAORDINÁRIOS
3.1) OS LEITORES
Leitores são participantes funcionais da Santa
Missa, encarregados de proclamarem as leituras do dia. Nas missas durante os
dias de semana há a Primeira Leitura e o Salmo
Responsorial. Nas missas de domingo há também
uma Segunda Leitura. Pode exercer este ofício um leigo de ambos os
sexos, um seminarista ou um clérigo.
Todas as leituras são extraídas da Liturgia Diária
do site Dom Total. Os leitores podem optar por fazê-las direto do site da
Liturgia Diária da Paulus.
A Primeira
Leitura sucede imediatamente a Oração da Coleta. Após a Primeira Leitura imediatamente inicia-se o Salmo e em seguida têm-se a Segunda Leitura (somente aos domingos
e solenidades). As leituras podem ser feitas por um só leitor ou feita por
diferentes leitores.
(após uma demonstração e um breve teste, o
seminarista a partir desta aula já poderá assumir o serviço de Leitor nas
celebrações litúrgicas e faça a Instituição na capela do Seminário)
Rito da Instituição de um Leitor
1. A instituição
é feita na Missa presida pelo Bispo, sempre com a devida autorização dos formadores. A
instituição de leitores pode-se realizar também na Celebração da Palavra,
sempre presidida pelo Bispo, neste caso, ao fim do Rito de Instituição
concede-se a bênção e despede-se a assembléia.
2. Utiliza-se a Liturgia do
Dia.
3. Após o Evangelho, o bispo senta,
de mitra, no lugar preparado. O diácono, ou o Presbítero designado para isso,
chama os candidatos, dizendo:
Diác: Aproxime-se
o que vai ser instituído no ministério de Leitor.
O candidato,chamado pelo
nome, responde:
Candidato: Presente!
E aproxima-se do Bispo a
quem faz uma reverência.
4. Sentam todos, e o Bispo faz a
homilia.
5. Terminada a homilia, todos se levantam.
O Bispo, sem mitra, convida os fiéis a orar, dizendo:
Pres: Caríssimos irmãos e irmãs,
roguemos a Deus Pai todo-poderoso que abençoe este servo escolhido para o
ministério de Leitor, a fim de que exercendo com solicitude a função a ele
confiada de anunciar o Cristo glorifique o Pai que está nos céus.
Todos rezam um momento em silencio.
6. O Bispo continua:
Ó Deus fonte de toda luz e bondade, que enviastes vosso Filho Unigênito,
o Verbo da vida, para revelar a humanidade o ministério de vosso amor, abençoai
este nosso irmão + escolhido para o ministério de Leitor. Concedei que,
meditando sem cessar vossa palavra, possa impregnar-se dela e anuncia-la
fielmente a seus irmãos. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.
7. O candidato aproxima-se
do presidente, que lhe entrega então o lecionário dizendo:
Pres: Recebe este livro da Sagrada Escritura e transmite
com fidelidade a Palavra de Deus, para que frutifique cada vez mais no coração
das pessoas.
O novo leitor responde:
Amém.
3.2) OS ACÓLITOS
Os acólitos são membros do ofício do altar e são
encarregados da preparação do Ofertório e da Purificação. Para exercer este ofício é necessário conhecer bem
os objetos litúrgicos e a ordem com que são apresentados ao altar. Os acólitos
também se encarregam das demais funções que podem tomar parte durante o Ofertório quando não há a presença de diáconos para exercer estas funções ou
quando não há a presença suficiente de diáconos para exercerem essas funções,
como a Incensação do Celebrante, a Incensação do Povo e o Lavabo.
Para tal explicaremos cada subsequência destas
partes da Missa. O Ofertório tem início imediatamente após a Oração dos Fiéis. Para a sua realização, o acólito deverá prosseguir com as seguintes
etapas:
Depois disso deverá ceder espaço ao celebrante que
apresentará as oferendas com as orações silenciosas de apresentação. Depois das
orações o celebrante Incensará as
Oblatas (somente em missas solenes)
(O celebrante purifica as mãos)
Entrego o manustérgio.*
(O celebrante seca as mãos, e junto fazem reverência)
Vênia.*
(Cada atitude feita deve ser acompanhada da figura * junto á frase que quer repassar o sentido de ação como pode-se ver na foto abaixo)
O acólito atuará novamente durante a Purificação. Ela tem início após a Comunhão dos Fiéis e deverá ser
feita da seguinte forma:
Quando todos
terminarem de comungar, o diácono deve retirar os objetos litúrgicos do altar,
da seguinte forma:
Pego o cálice.*
(Neste momento o diácono leva o cálice
até o celebrante)
Entrego-o ao celebrante.*
(O celebrante comunga do sangue de
Cristo, e devolve)
Pego-o.*
(Neste momento o diácono se aproxima
do altar para a purificação)
Pego galheta, e purifico o cálice.*
Seco-o com o sanguíneo, e coloco-o ao lado direito.*
Purifico os cibórios, enxugo-os com o sanguíneo, e coloco-os na credência.*
Pego o sanguíneo, e coloco-o sobre o cálice, junto a patena e a pala.*
Dobro o corporal, e coloco-o sobre o cálice.*
Coloco o cálice na credência.*
Vênia.*
(deverá ser feita uma demonstração e um teste sobre
esta aula, tendo superado o teste o seminarista estará apto ao ofício de
Acólito nas celebrações litúrgicas e faça a Instituição na capela do seminário)
Rito da Instituição de um Acólito
1. A instituição é feita na Missa presida pelo
Bispo, sempre com a devida autorização dos formadores.
2. Utiliza-se a Liturgia do
Dia.
3. Após o Evangelho, o bispo senta,
de mitra, no lugar preparado. O diácono, ou o Presbítero designado para isso,
chama os candidatos, dizendo:
Diác: Aproxime-se
o que será ser instituído no ministério de Acólito.
O candidato,chamado pelo
nome, responde:
Candidato: Presente!
E aproxima-se do Bispo a
quem faz uma reverência.
4. Sentam todos, e o Bispo faz a
homilia.
5. Terminada a homilia, todos se
levantam. O Bispo, sem mitra, convida os fiéis a orar, dizendo:
Pres: Caríssimos irmãos e irmãs, roguemos a Deus Pai
todo-poderoso que abençoe este servo escolhido para o ministério de
Acólito lhe de a força de servire fielmente a sua Igreja.
Todos rezam um momento em silencio.
6. O Bispo continua:
Ó Deus de suma bondade, que por vosso Filho Unigênito entregastes à
vossa Igreja o pão da vida, abençoai + este nosso irmão escolhidos para o
ministério de Acólito e concedei que se dedique ao serviço do vosso santo
Altar, distribua fielmente o Pão da vida aos seus irmãos e cresça na fé e na
caridade para a edificação da vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.
7. O instituído aproxima-se
do presidente, que lhe entrega a patena com o pão dizendo:
Pres: Recebe o pão para a celebração da Eucaristia e
procede de tal modo que possa servir dignamente a mesa do Senhor e da Igreja.
O novo acólito responde:
Amém.
8. A celebração prossegue
como de costume, com a Profissão
de fé, quando prescrita.
3.3) OS MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA SAGRADA
COMUNHÃO
Os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão
(MESC) são um ministério exercido por leigos de ambos os sexos e seminaristas
para a boa compreensão e manipulação das Sagradas Espécies. Bem instruídos no
ofício, este ministério é de suma importância e quem o desempenha pode realizar
também Celebrações da Palavra. Para este ofício a pessoa deve ser idônea, bem
instruída na teologia da Missa e desempenhar com piedade esta missão confiada a
eles.
Os MESC devem saber as regras fundamentais para
a Comunhão dos Fiéis, que ocorre imediatamente após a Comunhão do Presbitério. Após comungar, o ministro toma uma âmbula do
altar e desce do presbitério para distribuir o Santíssimo Corpo de Cristo aos
fiéis que participam da Missa. O ministro introduzirá seu ofício erguendo uma
hóstia e dizendo a oração "O Corpo de Cristo", no qual o fiel
responderá "Amém". A Sagrada Comunhão se for distribuída em duas
espécies deverá ter como oração introdutória "O Corpo e o Sangue de
Cristo" pelo qual o fiel também responderá "Amém". Quando distribuída
em uma espécie pode ser entregue nas mãos do fiel ou diretamente na boca,
quando distribuída em duas espécies deverá ser entregue sempre diretamente na
boca.
Para abrir o sacrário antes do início do Rito da Comunhão, o MESC deverá fazer uma breve genuflexão, depois abri-lo, pegar a
âmbula de dentro e colocá-la no altar sobre o corporal. Ao final do rito,
depois de ter distribuído a comunhão à assembleia, o ministro voltará ao
sacrário, abrindo-o sem fazer genuflexão, guardará a âmbula e então neste momento
fará a genuflexão e, por fim, fechará o sacrário.
(deverá ser feita uma demonstração e um teste sobre
esta aula, uma vez que este assunto esteja completamente dominado pelo
candidato, ele será apresentado ao Bispo Prelado e receberá o Ministério Extraordinário
da Sagrada Comunhão através do rito de instituição durante uma Missa)
4) TEOLOGIA DO DIACONATO
A palavra "diácono" vem do grego e
significa servo. Ele é, nas Sagradas Escrituras, o membro ordenado
com a sucessão apostólica para o serviço social da Igreja, e não para o
sacerdócio. Os diáconos eram responsáveis pelo serviço do anúncio do Evangelho
e pelo serviço da caridade; eram eles quem distribuíam esmolas e pregavam a Boa
Nova publicamente. Por conta dessa tradição, os diáconos são responsáveis até
hoje na missa pela recitação do Evangelho e pela preparação do altar
eucarístico.
Os diáconos recebem o primeiro grau da ordem
sacerdotal, ordenados para o serviço e não para o sacerdócio. São os principais
colaboradores da ordem episcopal e, por conjunto, da ordem presbiteral.
Acompanham e diretamente o bispo ordinário local, pois são ordenados para os
servirem e, através deles, a Igreja, os presbíteros e o povo.
Sendo membros do clero, são proibidos de contrair
matrimônio após a ordenação, porém um homem casado pode assumir o ofício
diaconal, tornando-se diácono permanente, função tal que mantém a esposa e a
família ao mesmo tempo em que assume funções maiores e ministeriais dentro da
Igreja. Também são obrigados desde já a recitarem a Liturgia das Horas
diariamente e a manter respeito e obediência ao bispo ordinário local. São eles
também os responsáveis pelas realizações dos sacramentos do Batismo e do Matrimônio.
5) AS CORES LITÚRGICAS
Obs.: (Se possível apresente essas cores vestindo a
dalmática)
Cada celebração do tempo litúrgico, cada celebração
votiva e cada celebração sacramental é acompanhada de paramentos ricamente
adornados cujas cores variam de acordo com a ocasião. Todos os paramentos
variam por cor litúrgica, sendo elas sete: vermelho, branco, roxo, verde, rosa,
preto e azul. Usaremos como modelo para essa parte da apresentação, modelos
de Capa Pluvial nas diferentes cores.
A cor Vermelha é usada nas festas
dos santos mártires, nas festas do Espírito Santo, nas liturgias papais a
apostólicas, no Domingo de Ramos e na Sexta-Feira da Paixão do Senhor.
Simboliza o fogo do Espírito Santo e o sangue derramado pelos mártires.
A cor Branca ou Dourada é usada no
Tempo Pascal e no Tempo do Natal, nas festas, memórias e solenidades dos
santos, nas solenidades do Senhor, nas solenidades da Virgem Maria, na
celebração de bênçãos solenes, na celebração do Batismo, da Crisma e do
Matrimônio. Simboliza a alegria, a pureza e a vida eterna.
A cor Roxa é usada no Tempo do
Advento, do Tempo da Quaresma, nas celebrações fúnebres, na celebração dos
sacramentos da Reconciliação e da Unção dos Enfermos. Simboliza a penitência e
a contrição.
A cor Verde é usada no Tempo
Comum. Simboliza a esperança e o Espírito Santo.
A cor Rosa é usada em duas
ocasiões no ano litúrgico: no Domingo Gaudete (3º Domingo do Advento) e no
Domingo Laetare (4º Domingo da Quaresma), ambos significam "Domingo da
Alegria". A cor é uma mistura do roxo e do branco, simbolizando a alegria
que está por chegar das grandes festas do Natal e da Páscoa, mas sem sair do
clima penitencial que seus tempos proporcionam.
A cor Preta é usada em rituais
fúnebres e missas de réquiem. Simboliza a morte.
A cor Azul é usada em festas
marianas, seu uso só é aplicável com indulto especial da Santa Sé. Simboliza o
manto da Virgem Maria.
6) OS PARAMENTOS DIACONAIS
São dois os paramentos usados pelos diáconos: Estola Diaconal e Dalmática. Usa-se cada uma em ocasiões e situações
diferentes, como explanaremos.
A Estola Diaconal é o símbolo da
dignidade do diácono, usada por ele em todas as ocasiões litúrgicas em que
estiver prestando serviço pela qual fora ordenado e constituído. Usa-se sempre
acompanhada da alva, dentro da missa ou fora dela; consiste em uma faixa de
pano adornada de ricos detalhes e símbolos religiosos, seu tecido é sempre da
cor litúrgica do dia vigente ou de acordo com a cor litúrgica da ocasião
vigente (no caso da celebração de bênçãos ou missas votivas). Segue, como
exemplo, um modelo de estola diaconal, acompanhada da alva, na cor branca:
Adjunto à Estola Diaconal, usa-se por cima
dela a Dalmática, sempre em ocasiões mais solenes e preferível às
missas dominicais. A dalmática é o símbolo serviçal da condição do diácono,
pelo qual se veste para pôr-se a serviço do bispo e do povo. Deve acompanhar as
cores do dia ou da celebração vigente, conforme a estola diaconal, e nunca
usada sem o acompanhamento dela e da alva. Segue um modelo de uma dalmática na
cor branca:
É preferível e muito admirável que os diáconos
optem pelo uso da Dalmática dentro das Santas Missas. E o
uso somente da Estola Diaconal fora da missa, em ocasiões de bênçãos e
missas semanais, não existindo, porém, uma exigência para esta preferência.
A Dalmática é sempre exigida e obrigatória na celebração
do Batismo e do Matrimônio.
Diáconos
Os diáconos são aqueles que estão se preparando
para serem sacerdotes do Senhor Jesus Cristo. Essa última fase é uma fase de
alegria e de festa na terra e no céu. Após os diáconos terem concluído
todas as aulas, os candidatos devem realizar uma prova avaliativa para o reitor
ter a certeza que o diácono está hábito para ser ordenado sacerdote. Nesse
período deve ter Santa Missa somente aos diáconos, também deve haver celebração
da palavra celebrada pelos os diáconos, os diáconos se oportuno devem se
confessar durante um dia na semana com o padre confessor do mesmo, os diáconos
devem fazer visitas comunitárias com o reitor.
7. Funções do Diácono na Santa
Missa.
A Santa Missa é o
momento em que nós católicos praticamos a nossa fé. Os diáconos são clérigos de
extrema importância na Santa Missa, pois estes são responsáveis pela divulgação
da palavra do Evangelho. Vale deixar claro que o Evangelho é proclamado após a
realização das leituras do dia (Leituras e Salmo Responsorial).
Para divulgar esta santíssima palavra do Evangelho, o
diácono deve seguir alguns trâmites durante a missa. São estas:
O diácono deve se levantar no local em que estava
sentado, ir diante do celebrante da missa, ajoelhar-se (sentar ou :sit) e pedir
a benção para proclamar o evangelho.
"Dai-me sua benção
para divulgar a sagrada leitura".
Após o celebrante da
Missa conceder a benção, o diácono deve se conduzir ao ambão para realizar a
leitura.
IMPORTANTE: se a missa não for dominical ou não for uma solenidade,
o diácono dirige-se até o ambão e lê o Evangelho do lecionário. Caso a missa
seja solenidade ou dominical, o diácono depois de pedir a benção ao celebrante,
dirige-se ao altar, pega o evangeliário e o ergue. Ao chegar no ambão, ele
depõe o evangeliário para realizar a leitura.
O diácono abre o livro dos Evangelhos e diz à
assembleia:
O Senhor esteja convosco!
Todos respondem:
"Ele está no meio de nós!"
Depois o diácono prossegue de acordo com o Evangelho
do dia:
Proclamação do Evangelho de
Jesus Cristo segundo...
Então todos concluem respondendo:
"Glória a vós, Senhor!"
Ao fim da leitura do Evangelho, o diácono diz:
Palavra da Salvação.
Todos respondem:
"Glória a vós, Senhor!"
Caso a missa seja dominical ou solene, o diácono
fecha o evangeliário, pega-o, ergue-o, leva-o até o celebrante e entrega-o ao
mesmo, este irá abençoar os presentes e depois devolver. O diácono pega o
evangeliário novamente e o depõe no ambão, depois de beijá-lo.
Não sendo uma missa dominical ou solene, o diácono
apenas beija o lecionário e volta ao seu lugar.
Além de divulgar a palavra do Evangelho, pode ser que
o celebrante designe ao diácono a tarefa de preparar o altar para o ofertório
do Corpo e Sangue de Cristo. Isto é feito da seguinte forma:
Abro o corporal, e
estendo-o*
Coloco o cálice ao lado direito do corporal.*
Pego o sanguíneo, e coloco ao lado direito do corporal.*
Pego a patena, e coloco-a sobre o corporal.*
Pego galhetas, e coloco vinho e um pingo d'água no cálice.*
Coloco o cálice sobre o corporal.*
Pego os cibórios, e coloco-os sobre o corporal.*
Abro o missal romano.*
Vênia.*
(Neste momento o celebrante se aproxima do altar, para
as orações de oferecimento)
Enquanto o celebrante está fazendo as orações de oferecimento, o diácono ou o
cerimoniário (caso tiver), deve pegar o lavabo para lavar as mãos do sacerdote.
Quando o celebrante acabar as orações, virar-se, e
aproximar-se, o diácono ou o cerimoniário, diz:
Apresento o lavabo.*
(O celebrante purifica as mãos)
Entrego o manustérgio.*
(O celebrante seca as mãos, e junto fazem
reverência)
Vênia.*
(Cada atitude feita deve ser acompanhada da
figura * junto á frase que quer repassar o sentido de ação)
Ao fim da comunhão, quando todos já tiverem comungado
e estiverem sentados, o diácono deve arrumar o altar e limpar os objetos
litúrgicos. Isto é feito da seguinte forma:
Pego o cálice.*
(Neste momento o diácono leva o cálice até o
celebrante)
Entrego-o ao celebrante.*
(O celebrante comunga do sangue de Cristo, e
devolve)
Pego-o.*
(Neste momento o diácono se aproxima do altar
para a purificação)
Pego galheta, e purifico o
cálice.*
Seco-o com o sanguíneo, e coloco-o ao lado direito.*
Purifico os cibórios, enxugo-os com o sanguíneo, e coloco-os na credência.*
Pego o sanguíneo, e coloco-o sobre o cálice, junto a patena e a pala.*
Dobro o corporal, e coloco-o sobre o cálice.*
Coloco o cálice na credência.*
Vênia.*
CONCLUÍDA AS AULAS, O TESTE É APLICADO. TENDO APROVAÇÃO NO MESMO, É MARCADA A ORDENAÇÃO DIACONAL.